2007/03/15
300
Já era de esperar que Victor Davis Hanson tente transformar o relato de uma luta por afastar a ameaça de domínio por uma cultura estranha e estrangeira do seu território nativo, em qualquer tipo de confronto ideológico entre a "liberdade" e um "evil" (claro, o Irão que hoje estará prestes a dominar o mundo...começando por lançar mísseis para a Europa). Colocar Esparta (que submeteu Atenas) como símbolo de defesa dos bons princípios ocidentais ...
PS: Mudando de assunto ou talvez não, é bom que se teha presente que a Polónia invadida por Hitler (15 dias depois por Estaline, que diga-se já agora, para recuperar território ucrâniano perdido nos anos 20) no célebre e mítico Munique (onde toda a história neo-con parece começar), também foi um dos que reivindicou território à Checo-eslováquia, assim, não foi só Hitler que forçou que a parte habitada por alemães fosse entregue à Alemanha por um país desenhado em Versailles, foi também a Polónia a conseguir territórios (pequeno mas simbólico, não?) em Munique (e a Hungria também!). Foi a mesma Polónia que depois se recusou a negociar a questão dos territórios habitados por alemães (origem na antiga Prússia de Leste, etc). E foi pela Polónia que a França e Inglaterra declararam guerra, ficando provado que não foi o ultimatum de apoio à Polónia que demoveu Hitler. Se o ultimatum não tivesse sido feito, talvez Hitler tivesse apenas continuado para Leste em direcção a Estaline e tudo tivesse acabado com ambos os regimes mutuamente destruidos ou um deles fortemente debilitado (Hitler que não tinha feito a mesma purga de Estaline do seu exército - fazendo desaparecer uma classe militar com ligações ainda familiares e ainda que distantes na memória ao antigo regime - enfrentava ainda a presença da velha ordem, a prova é que quem tentou o assassinato a Hitler foi a antiga aristocracia prussiana, que o fez sem o apoio deliberado dos aliados - mais um erro - acabado todos mortos juntamente com as famílias).
Pulp Fictional History: "I don't know at what point I stopped seeing it as comic book fluff, like how the Spartans have the most conveniently placed bottomless pit ever (classic comic book gold), but I'm sure it was probably after the first time Leonidas (King of Sparta) bloviated about "logic" and "reason." While the graphics never went downhill, the script proceeded to practically nosedive into a redux of Bush's "freedom and liberty" Inauguration speech whenever Leonidas opened his mouth. Before the major battle even begins one is besieged by inconsistencies and blatant parallels. "Reluctant to battle" Sparta is forced into a war with Persia in order to "defend logic and reason" from the "tyranny and slavery of Asia" and are being hampered at home only by the Spartan council politicians who are being paid off by the enemy to not fund the Spartan army; it was like National Review commissioned its own version of reality."(...) Ultimately the smarter Arcadians realize this battle is lost and go back to their jobs in the free market, the Spartans fight until they all die, and I get to groan/roll my eyes at the end when the lone survivor (sent back before final assault to tell story) talks of how Sparta stood as the "lone light of reason & logic in the world and preserved liberty for later humankind to keep because"...wait for it... "freedom isn't free!" I leave the theater exhausted and hopeful that Americans have become so sheepled at this point that they don't even recognize the underlying message (or want one) and that they just came to watch moving pictures that also happened to have blood and female nudity in them. The next morning online I find my optimism bubble popped by the blood-thirsty artists at Cox and Forkum, the always "imaginative" Victor Davis Hanson, and reports that people are going to see 300 to "inform themselves on history." Like someone wanting to "eat healthy" by ordering a salad, and then having it only be full of iceberg lettuce and 5 lbs. of ranch dressing, Messrs. Miller and Snyder have made history appetizing to the American booboisee the only way they know how, by drenching it in misinformation and the myth of the "glorious war." To have such a movie be the Pied Piper to millions of Americans that the only way to fight a tyrannical superpower is to become ... a tyrannical superpower makes me question if William F. Buckley hasn't found a second calling in directing."
PS: Mudando de assunto ou talvez não, é bom que se teha presente que a Polónia invadida por Hitler (15 dias depois por Estaline, que diga-se já agora, para recuperar território ucrâniano perdido nos anos 20) no célebre e mítico Munique (onde toda a história neo-con parece começar), também foi um dos que reivindicou território à Checo-eslováquia, assim, não foi só Hitler que forçou que a parte habitada por alemães fosse entregue à Alemanha por um país desenhado em Versailles, foi também a Polónia a conseguir territórios (pequeno mas simbólico, não?) em Munique (e a Hungria também!). Foi a mesma Polónia que depois se recusou a negociar a questão dos territórios habitados por alemães (origem na antiga Prússia de Leste, etc). E foi pela Polónia que a França e Inglaterra declararam guerra, ficando provado que não foi o ultimatum de apoio à Polónia que demoveu Hitler. Se o ultimatum não tivesse sido feito, talvez Hitler tivesse apenas continuado para Leste em direcção a Estaline e tudo tivesse acabado com ambos os regimes mutuamente destruidos ou um deles fortemente debilitado (Hitler que não tinha feito a mesma purga de Estaline do seu exército - fazendo desaparecer uma classe militar com ligações ainda familiares e ainda que distantes na memória ao antigo regime - enfrentava ainda a presença da velha ordem, a prova é que quem tentou o assassinato a Hitler foi a antiga aristocracia prussiana, que o fez sem o apoio deliberado dos aliados - mais um erro - acabado todos mortos juntamente com as famílias).
Pulp Fictional History: "I don't know at what point I stopped seeing it as comic book fluff, like how the Spartans have the most conveniently placed bottomless pit ever (classic comic book gold), but I'm sure it was probably after the first time Leonidas (King of Sparta) bloviated about "logic" and "reason." While the graphics never went downhill, the script proceeded to practically nosedive into a redux of Bush's "freedom and liberty" Inauguration speech whenever Leonidas opened his mouth. Before the major battle even begins one is besieged by inconsistencies and blatant parallels. "Reluctant to battle" Sparta is forced into a war with Persia in order to "defend logic and reason" from the "tyranny and slavery of Asia" and are being hampered at home only by the Spartan council politicians who are being paid off by the enemy to not fund the Spartan army; it was like National Review commissioned its own version of reality."(...) Ultimately the smarter Arcadians realize this battle is lost and go back to their jobs in the free market, the Spartans fight until they all die, and I get to groan/roll my eyes at the end when the lone survivor (sent back before final assault to tell story) talks of how Sparta stood as the "lone light of reason & logic in the world and preserved liberty for later humankind to keep because"...wait for it... "freedom isn't free!" I leave the theater exhausted and hopeful that Americans have become so sheepled at this point that they don't even recognize the underlying message (or want one) and that they just came to watch moving pictures that also happened to have blood and female nudity in them. The next morning online I find my optimism bubble popped by the blood-thirsty artists at Cox and Forkum, the always "imaginative" Victor Davis Hanson, and reports that people are going to see 300 to "inform themselves on history." Like someone wanting to "eat healthy" by ordering a salad, and then having it only be full of iceberg lettuce and 5 lbs. of ranch dressing, Messrs. Miller and Snyder have made history appetizing to the American booboisee the only way they know how, by drenching it in misinformation and the myth of the "glorious war." To have such a movie be the Pied Piper to millions of Americans that the only way to fight a tyrannical superpower is to become ... a tyrannical superpower makes me question if William F. Buckley hasn't found a second calling in directing."