2006/11/03
Sempre as razões erradas
De repente, ainda que se note há já algum tempo, começa-se a notar o incómodo da inevitável secessão do Kosovo, pós- intervenção da NATO. Porquê? Porque existem russos na Geórgia que movem pretensões de Secessão (e isso não pode ser...). Ver FCG na DIA D.
E claro, porque lembram-se tarde de mais que o Kosovo foi libertado pelos "freedom fighters" islâmicos do KLA. "Freddom fighters" ou Terrorismo. É um pouco como a história dos vencedores. A linguagem sempre foi um veiculo de cinismo.
As razões erradas como sempre. Não é a secessão em si do Kosovo que deve ser criticada, mas sim o facto de antes do intervencionismo militar-politico-humanitário ser claro que uma das coisas que iria acontecer era precisamente isso.
Os Sérvios foram castigados porque pretendiam lutar contra o desmembramento. Ao mesmo que pretendiam pôr em causa que os enclaves de Sérvios em outras regiões já declaradas como independentes não pudessem reclamar também a secessão.
E as guerras civis são sujas já o sabiamos. Na dos EUA morreram mais de 600 000 pessoas, o equivalente com a população de hoje a 4 milhões.
O que temos de criticar acima de tudo foi mesmo uma campanha de bombardeamento pela NATO incentivada por Clinton.
Se agora resulta em Secessão aberta ou não, podemos vir a concluir que o processo foi iniciado e facilitado pela NATO. A Secessão em si pertence à vontade (poderei dizer "democrática"?) dos povos. Ou mais realisticamente, à história em movimento.
Em cada época os Status Quos são sempre dados como inabaláveis. Mas nunca o são. O que define quem assume o monopólio da violência sobre um dado território (Estado) é apenas a relação de forças de vontade de vontade da forças.
PS: FCG apresenta-se preocupado com a possibilidade de um novo Império Czarista. Mas para já, teria sido mesmo muito bom para a humanidade e civilização que este nunca tivesse desaparecido em primeiro lugar. Em segundo, o "Império" foi capaz de aceitar pacificamente a secessão múltipla, incluindo de novos países que nunca o tinham sido. Em terceiro, quanto existe um com bases militares em 100 países e ocupa militarmente dois e tenta rodear a Rússia com bases militares da NATO, diria que apenas tenta conservar a sua dignidade como grande nação. No fundo é isso que incomoda.
E claro, porque lembram-se tarde de mais que o Kosovo foi libertado pelos "freedom fighters" islâmicos do KLA. "Freddom fighters" ou Terrorismo. É um pouco como a história dos vencedores. A linguagem sempre foi um veiculo de cinismo.
As razões erradas como sempre. Não é a secessão em si do Kosovo que deve ser criticada, mas sim o facto de antes do intervencionismo militar-politico-humanitário ser claro que uma das coisas que iria acontecer era precisamente isso.
Os Sérvios foram castigados porque pretendiam lutar contra o desmembramento. Ao mesmo que pretendiam pôr em causa que os enclaves de Sérvios em outras regiões já declaradas como independentes não pudessem reclamar também a secessão.
E as guerras civis são sujas já o sabiamos. Na dos EUA morreram mais de 600 000 pessoas, o equivalente com a população de hoje a 4 milhões.
O que temos de criticar acima de tudo foi mesmo uma campanha de bombardeamento pela NATO incentivada por Clinton.
Se agora resulta em Secessão aberta ou não, podemos vir a concluir que o processo foi iniciado e facilitado pela NATO. A Secessão em si pertence à vontade (poderei dizer "democrática"?) dos povos. Ou mais realisticamente, à história em movimento.
Em cada época os Status Quos são sempre dados como inabaláveis. Mas nunca o são. O que define quem assume o monopólio da violência sobre um dado território (Estado) é apenas a relação de forças de vontade de vontade da forças.
PS: FCG apresenta-se preocupado com a possibilidade de um novo Império Czarista. Mas para já, teria sido mesmo muito bom para a humanidade e civilização que este nunca tivesse desaparecido em primeiro lugar. Em segundo, o "Império" foi capaz de aceitar pacificamente a secessão múltipla, incluindo de novos países que nunca o tinham sido. Em terceiro, quanto existe um com bases militares em 100 países e ocupa militarmente dois e tenta rodear a Rússia com bases militares da NATO, diria que apenas tenta conservar a sua dignidade como grande nação. No fundo é isso que incomoda.
Comments:
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Os impérios, como mostra a História, não são eternos.
Todos têem um início, um apogeu e finalmente uma derrocada.
Foi assim com os impérios de Alexandre, de Gengis Khan, dos Romanos, dos Czares, de Napoleão, dos colonialistas,...
Neste momento, tenho a sensação que estamos perante um império global económico com “imperadores” tão ou mais perigosos que os tradicionais.
É a derrocada deste império que me preocupa, porque o fim dos impérios aconteceu sempre com altos custos em vidas e destruição e, desta vez há a hipótese de essa derrocada ser global.
PS Georgia
Lembra-se do Mar Cáspio e os recursos (gas e petroleo) cuja propriedade e distribuição estavam ser disputadas? Pois parece-me que a Rússia e o Irão, com a ajuda da China, estão a ganhar. Vamos ver qual o próximo passo dos EUA e Israel. (Vi um documentário da BBC em que várias personalidades Israelitas afirmavam, como inevitável, ter que bombardear o Irão para destruir as “possíveis” armas nucleares)
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Todos têem um início, um apogeu e finalmente uma derrocada.
Foi assim com os impérios de Alexandre, de Gengis Khan, dos Romanos, dos Czares, de Napoleão, dos colonialistas,...
Neste momento, tenho a sensação que estamos perante um império global económico com “imperadores” tão ou mais perigosos que os tradicionais.
É a derrocada deste império que me preocupa, porque o fim dos impérios aconteceu sempre com altos custos em vidas e destruição e, desta vez há a hipótese de essa derrocada ser global.
PS Georgia
Lembra-se do Mar Cáspio e os recursos (gas e petroleo) cuja propriedade e distribuição estavam ser disputadas? Pois parece-me que a Rússia e o Irão, com a ajuda da China, estão a ganhar. Vamos ver qual o próximo passo dos EUA e Israel. (Vi um documentário da BBC em que várias personalidades Israelitas afirmavam, como inevitável, ter que bombardear o Irão para destruir as “possíveis” armas nucleares)
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