2006/09/18

Papa

Poucos notaram...

"The emperor goes on to explain in detail the reasons why spreading the faith through violence is something unreasonable. Violence is incompatible with the nature of God and the nature of the soul. 'God is not pleased by blood, and not acting reasonably ("syn logo") is contrary to God's nature. Faith is born of the soul, not the body. Whoever would lead someone to faith needs the ability to speak well and to reason properly, without violence and threats…. To convince a reasonable soul, one does not need a strong arm, or weapons of any kind, or any other means of threatening a person with death….'"

...que referências sobre espalhar uma fé pela violência serve também a outras fés e outras violências.
Comments:
E a Inquisição e as Cruzadas ?
Quem tem telhados de vidro...
 
E os judeus?

Archbishop backs Vatican apology

Peter Walker and agencies
Monday September 18, 2006
Guardian Unlimited
...
However, his apology risked criticism from another source by citing a passage from St Paul calling the crucifixion of Jesus a "scandal for the Jews".
 
Viva CN,

por acaso estás a par de outras afirmações idênticas em Papas recentes?

Faço-te a pergunta porque sei que era habitual na Idade Média e até no Renascimento por-se em causa os fundamentos das outras fés, mas nos tempos recentes não sei nada.Sou ignorante na matéria mas deu-me curiosidade.

Teria piada encontrarem-se paralelos que tivessem passados despercebidos apenas pelo facto das coisas estarem menos mediatizadas e so tempos menos crispados.

Se souberes agradeço.

Refiro-me a frase ou citação, não ao contexto nem ao sentido do discurso. E não estou a fazer a menor crítica ao que o Papa disse. Em particular por o ter feito em termos intelectuais e num meio universitário.

Mas gostava de saber se existem paralelos próximos no tempo. Em relação a pôr em causas seitas, sei que há, mas religões do Livro desconheço.
 
achata:

oficilamente a Igreja Católica já pediu desculpa pela Inquisição. Seria absurdo qualquer Papa carregar um fardo que não lhe pertence, quando o espírito da religião que representa nem a contempla.

isto no mínimo. Porque se fossemos por aí então quem estava em causa eram todas as outras religiões que, não só nunca pediram desculpas por passados, como se vangloreiam do mesmo no presente.
 
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zazie
Não pertencendo a religião nenhuma, não pretendia atacar ou defender quem quer que seja.

Só não consigo entender o que o Vaticano pretende, tendo em conta a situação mundial, fazendo citações que, claramente, seriam mal recebidas.
Criar mais conflitos?
Converter Islamicos?

Os actos devem ser julgados pelos resultados que deles resultam.
 
desculpa não ter respondido mas não tinha reparado.

Podes encontrar a minhaposição sobre o assunto na caixa de comentários do Cocanha (post do Paleologo) no Misantropo Enjaulado (com link para Cocanha e referente a post anterior onde comentei a crónica do VGM e por mais sítios)

Em termos genéricos creio que confundes a função de um chefe da Igreja com a de um político. Mas creio que esse é o problema geral.

Também não penso que o islão precisa de se tornar moderado para poder estar à altura de fazer discurso idêntico (em defesa da sua religão) em âmbito universitário, como fez o Papa. Bastava-lhe ter nível teórico.
 
agora se toda a gente quer misturar os campos e até tratar a coisa como "liberdade de expressão" já nem sei o que diga. E ainda menos se confundem um texto teórico com um comício da janela do Vaticano para o povão na rua.

E ainda pior se entram na síndrome de Estocolmo, passando a gostar muito de fanatismos e boçalidades de desde que sejam pintados de "coitadinhos".
Pior mesmo, só ir à boleia disto tudo para tirar dividendos políticos.
 
De qualquer modo o CN já tinha salientado,o que importa. Mesmo num discurso universitário onde se defende a supremacia da Igreja Católica, o Papa, combateu toda a violência em nome da fé. Claro que o mesmo não o podem fazer os que usam o maometismo como Jihad.

E Papa, quando tem intervenções sociais (não foi o caso desta) sempre condenou as guerras intervencionistas e até o episódio dos cartoons. E não precisa de o fazer por "tacto" político, basta-lhe a mensagem de Paz implícita no Evangelho.
 
Quanto ao passado, já dei com pessoas a fazerem "transposições" de tal forma disparatadas que parece que preferiam que o domínio no Ocidente tivesse ficado do lado dos turcos e do islão e agora andarem para aí de burkas na cara e rabo para o ar virado para Meca...

O passado é o passado e todas as civilizações tiveram choques e não advem deles qualquer necessidade de considerar os menos hegemónicos como os bons da história.
E é claro que isto em nada se intromete com a nossa posição política actual de anit-intervencionismo e nem precisa, sequer, de ir buscar a outra farsa actual a da "boa supremacia dos nossos valores" a exportar à bomba para o infiel.
 
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