2006/09/05

Guerra e o Estado, a experiência dos judeus

Webster's Online Dictionary

Bible: War , The Israelites had to take possession of the Promised Land by conquest. They had to engage in a long and bloody war before the Canaanitish tribes were finally subdued. Except in the case of Jericho and Ai, the war did not become aggressive till after the death of Joshua. Till then the attack was always first made by the Canaanites. Now the measure of the iniquity of the Canaanites was full, and Israel was employed by God to sweep them away from off the face of the earth. In entering on this new stage of the war, the tribe of Judah, according to divine direction, took the lead. In the days of Saul and David the people of Israel engaged in many wars with the nations around, and after the division of the kingdom into two they often warred with each other. They had to defend themselves also against the inroads of the Egyptians, the Assyrians, and the Babylonians. The whole history of Israel from first to last presents but few periods of peace. The Christian life is represented as a warfare, and the Christian graces are also represented under the figure of pieces of armour (Eph. 6:11-17; 1 Thess. 5:8; 2 Tim. 2:3, 4). The final blessedness of believers is attained as the fruit of victory (Rev. 3:21). Source: Easton's 1897 Bible Dictionary.

PS: A perseguição e injustiça ao longo dos tempos sofrida pelos Judeus é bem conhecida (ainda que é pouco frequente falar do judaismo ortodoxo - principalmente a Leste - e da sujeição ao poder dos rabinos, de cuja emancipação foi proclamada pelos monarcas europeus - até aí estavam sujeito ao seu próprio direito civil e criminal, restrições e censura à aprendizagem de ciências, com direitosa definir e colectar os seus próprios impostos - e servindo também de colectores de impostos para os monarcas fora da sua comunidade. Terá sido após a emancipação que surge o sucesso reconhecido na ciência e negócios, embora suponho, existam excepções e também dependa se falamos mais a Leste ou a Ocidente). Menos comentado é o padrão dos acontecimentos no que respeita à formação de um Estado (ou similar).

Descontando que não tenho própriamente conhecimento profundo sobre a sua história, sempre diria que a história dos Judeus parece ser algo universal em todas as culturas, religiões e nacionalidades. O comentário que me parece ajustado é:


* a história da formação do Estado (na antiguidade e presentemente) é bem o exemplo da lógica de todos os Estados: imposto pela guerra e força, nacionalista porque sempre baseado no "nós" versus os "outros", tornado inevitável pela própria definição de Estado - um monopólio absoluto territorial pelo uso da violência e poder legislativo (por isso na Idade Média não existiam Estados e mesmo mais tarde esse monopólio não era tão absoluto como o é hoje).

* a existência fora de um Estado, por outro lado, representa bem como uma cultura pode constituir uma Nação sem Estado, que consegue sobreviver mesmo quando espalhada por vários Estados e mesmo quando com frequência é perseguida e discriminada (sendo que esta discriminação só é possível pelo próprio poder monopolista dos Estados centralistas).

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PS: como dizia um conhecido maestro israelita em entrevista recente, com a fundação do Estado de Israel, os judeus perderam a inocência, acrescentando que os Estados o que reivindicam é o direito a matar. Uma característica universal.

O Estado reivindica e as pessoas concedem, que vive fora da lei porque a razão da sua existência será proteger a lei. Uma contradição óbvia. Um anarquista fácilmente reconhece, ainda sem sequer entrar em discussão sobre a sua inevitabilidade ou não, do que se trata é apenas de defender o seu monopólio absoluto territorial, protegendo todos os interesses que se instalam à sua volta e que inclui a própria ilusão das populações e intelectuais, tal como o foi em tempos o comunismo e fascismo.
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