2006/08/30
Tatcher e Reagan (revisionismo)
Vendo um documentário sobre Tatcher e chegando ao conflito das "Falklands", percebemos como Reagan deve começar a ser apreciado na área do realismo "anti-war" - afinal Reagan (e também Tatcher), acabaram a sua carreira com o fim da Guerra Fria de forma pacífica
Reagan disse na televisão algo como: "Estamos numa posição dificil. Somos amigos de ambos os países e queremos manter continuar a manter relações com ambos e ultrapassar este conflito"
Nem moralismo ou maniqueismo do tipo "ditadura versus democracia", "Ocidente versus ...", apenas a aceitação de que uma disputa cuja fundamento se baseia nos restos que sobram de um Status Quo de um antigo Império, cuja discussão moral e ética é sempre ardilosa e contraditória - uma evoca um "status quo", o outro outro qualquer. Assim como Olivença deveria ser Português e porque não, um "causus bellis" para um conflito com Espanha?
Claro que Tatcher, no seu beligerante-retro-imperialismo simpático, não se coibiu de afundar um navio fora das àguas territoriais e a afastar-se das ilhas, com quase 300 soldados argentinos, porque, punha em risco "our boys". "Em risco" de quê é que não percebemos, dada a facilidade com que foi afundado.
Mas enfim, a senhora tem outras características dignas de nota. A sua recusa a entrar na EMU com bandas flutuantes era inteiramente acertada. Foi esse o motivo para ser traida pelos seus colegas. Mais tarde George Soros provou o quanto estúpido tinha sido essa entrada ao ganhar uma batalha especulativa contra o Banco Central Inglês. O seu anti-Super Estado Europeu faz falta.
Foi pena o erro político, não substancial da "poll tax". Uma taxa local deve ser de iniciativa local. Não imposta a partir de cima.
No Líbano, a presença de militares americanos tinha o pressuposto de ajudar a conter um conflito territorial entre duas partes. Quando uma das partes (Hezbollah) num atentado mata soldados, retira apenas - acertadíssimo, porque se queremos ajudar num conflito e uma das partes não o deseja, o melhor é não ajudar nenhum e deixá-los primeiro chegar a um entendimento mínimo.
Depois, podemos recordar que conseguiu a libertação dos reféns no Irão, em cima da tomada de posse do seu 1º mandato. O que aconteceu não é público, mas é evidente que negociou.
Passados 2 meses ganhou a re-eleição com a maior maioria republicana de sempre. A verdade é que, sejam quais tenham sido os seus defeitos, percebemos hoje que a sua contenção foi bastante real e realista, ainda que teha sido na sua adminstração que o golpe de Estado e quinta coluna do neo-conservantismo, preparava o seu ataque pelo controlo do estatismo internacionalista.
Comparado com hoje, onde o medo e histerismo, conjugado com a pretensão ao império moralista, contra perigos sem qualquer capacidade convencional, consegue justificar reavivar o militarismo-imperialismo de outros tempos...
I miss Reagan
Reagan disse na televisão algo como: "Estamos numa posição dificil. Somos amigos de ambos os países e queremos manter continuar a manter relações com ambos e ultrapassar este conflito"
Nem moralismo ou maniqueismo do tipo "ditadura versus democracia", "Ocidente versus ...", apenas a aceitação de que uma disputa cuja fundamento se baseia nos restos que sobram de um Status Quo de um antigo Império, cuja discussão moral e ética é sempre ardilosa e contraditória - uma evoca um "status quo", o outro outro qualquer. Assim como Olivença deveria ser Português e porque não, um "causus bellis" para um conflito com Espanha?
Claro que Tatcher, no seu beligerante-retro-imperialismo simpático, não se coibiu de afundar um navio fora das àguas territoriais e a afastar-se das ilhas, com quase 300 soldados argentinos, porque, punha em risco "our boys". "Em risco" de quê é que não percebemos, dada a facilidade com que foi afundado.
Mas enfim, a senhora tem outras características dignas de nota. A sua recusa a entrar na EMU com bandas flutuantes era inteiramente acertada. Foi esse o motivo para ser traida pelos seus colegas. Mais tarde George Soros provou o quanto estúpido tinha sido essa entrada ao ganhar uma batalha especulativa contra o Banco Central Inglês. O seu anti-Super Estado Europeu faz falta.
Foi pena o erro político, não substancial da "poll tax". Uma taxa local deve ser de iniciativa local. Não imposta a partir de cima.
No Líbano, a presença de militares americanos tinha o pressuposto de ajudar a conter um conflito territorial entre duas partes. Quando uma das partes (Hezbollah) num atentado mata soldados, retira apenas - acertadíssimo, porque se queremos ajudar num conflito e uma das partes não o deseja, o melhor é não ajudar nenhum e deixá-los primeiro chegar a um entendimento mínimo.
Depois, podemos recordar que conseguiu a libertação dos reféns no Irão, em cima da tomada de posse do seu 1º mandato. O que aconteceu não é público, mas é evidente que negociou.
Passados 2 meses ganhou a re-eleição com a maior maioria republicana de sempre. A verdade é que, sejam quais tenham sido os seus defeitos, percebemos hoje que a sua contenção foi bastante real e realista, ainda que teha sido na sua adminstração que o golpe de Estado e quinta coluna do neo-conservantismo, preparava o seu ataque pelo controlo do estatismo internacionalista.
Comparado com hoje, onde o medo e histerismo, conjugado com a pretensão ao império moralista, contra perigos sem qualquer capacidade convencional, consegue justificar reavivar o militarismo-imperialismo de outros tempos...
I miss Reagan