2006/08/16

O "idiota útil" George Wasghinton

* Its formal beginning came during the presidency of George Washington, with his Proclamation of Neutrality in 1793. As war was breaking out across Europe, he wrote that

"...the duty and interest of the United States require, that they should with sincerity and good faith adopt and pursue a conduct friendly and impartial toward the belligerent Powers.... "

* Washington’s Farewell Address:

"Observe good faith and justice towards all nations. Cultivate peace and harmony with all. Religion and morality enjoin this conduct, and can it be that good policy does not equally enjoin it? "

*...the first president argued, should set an example for the rest of the world by pursuing peace, commerce, paying its debts, and resisting the frequent pressures to go to war. He knew that this would be a difficult standard to abide by, but he urged his countrymen to try:

"The experiment, at least, is recommended by every sentiment which ennobles human nature. Alas! is it rendered impossible by its vices? "

* Washington counseled flexibility. He criticized “permanent, inveterate antipathies” as well as “passionate attachments” for other nations.

"The nation which indulges toward another an habitual hatred or an habitual fondness, is in some degree a slave. It is a slave to its animosity or to its affection, either of which is sufficient to lead it astray from its duty and its interest. "

* Habitual hatred, he cautioned, would mean the United States would need little excuse for going to war.


"Antipathy in one nation against another, disposes each more readily to offer insult and injury, to lay hold of slight causes of umbrage, and to be haughty and intractable, when accidental or trifling occasions of dispute occur. Hence frequent collisions, obstinate envenomed, and bloody contests.... "

* Washington would have probably understood the dynamics of the many lobbyist groups that, over the last generations, have successfully pushed for the United States to enter wars such as the Spanish-American War, World War I, World War II, and the two Gulf wars. He warned that Americans must be “constantly awake” to the pressures that could lead to war.

"As avenues to foreign influence in innumerable ways, such attachments are particularly alarming to the truly enlightened and independent patriot. How many opportunities do they afford to tamper with domestic factions, to practice the arts of seduction, to mislead public opinion, to influence or awe the public councils? "

Via The American Heritage of “Isolationism” by Gregory Bresiger



Comments:
Não se importa, por favor, de me explicar a escolha deste titulo.
(Não estou a ser irónica)
 
O titulo é ironico, claro.

Os criticos anti-war ou não-intervencionistas em assuntos internacionais, inlcuindo os à direita e ainda os libertarians como eu, são repetidamente acusados, de "usefull idiots", o termo escolhido para Lenine par classificar os pacifistas que serviam (intencionalmente uns, não intencionalmetne outros) os interesses da Revolução Comunista.

Todos os pro-war usam o termo para atacar quem se oponha à sua lógica.

Mas o "isolacionismo" americano (termo criado para denegrir o principio de neutralidade e não-intervencionismo) tem raízes nos seus founding fathers como se apresenta e justifica de forma brilhante George Wasghinton.
 
Obrigada.
Afinal a minha ideia de que todas estas guerras, as visiveis e as que se estão a desenrolar nos bastidores têem a ver com lobbies cuja única motivação é o negócio e o poder que podem obter através do lucro talvez não esteja tão errada assim.
 
Claro que não. Os interesses à volta do Estado juntam-se como as abelhas à volta do mel (ou as moscas à volta da ...). Mas esses interesses tanto são de empresas à procura de protecções/Proteccionismo do Estado (o negócio), com os interesses de ideológos colectivistas ou ainda aparelho burocrático, etc.

o Capitalismo requer que o Estado seja mesmo mínimo. Uma das razões, para que o Capitalismo não seja deturpado pela luta de interesses que sempre existirão em qualquer forma de social-democracia.

Existe aqui uma problema também de ponderação. Dizer que o Iraque é só uma questão de interesses capitalistas não é certo.

Existe uma ideologia pelo bom império, histerismo securitário, e até boas intençoes.
 
Gostava de ter a sua confiança no ser humano.
"Uma das razões, para que o Capitalismo não seja deturpado pela luta de interesses que sempre existirão em qualquer forma de social-democracia."
Infelizmente acho que a luta de interesses, sem qualquer consideração moral ou civica sempre existirá.(Ponto)
Faz parte da nossa natureza animal a luta pelos "campos de caça" e mesmo que tentemos dominá-la pela razão, ela vem ao de cima instintivamente quando mennos esperamos.
 
Posso não concordar com uma teoria anarquista mas a verdade é que para uso pessoal a melhor teoria é mesmo a libertária. Quanto mais se fragmentarem as "uniões" as "servidões" os "processos colectivos" melhor.
Nesse aspecto estou totalmente de acordo.
O individualismo é muito menos perigoso que as colectivizações ideais. O pior male está sempre na necessidade de doutrinar e convencer os outros.

Nunca passei desta ideia para a sociedade. Se calhar porque também nunca me interessaram os projectos de sociedades.

O pragmatismo e o realismo sempre pareceu o mais sensato.

Mas não deixa de ter piada esta pequena contradição- um pensamento anarquista e libertário a sentir necessidade de expansão social

";O)
 
Claro que imagino a resposta. Não se trata de expandir mas de retirar amarras.

Pois, talvez, ainda assim tem coesão a mais para me agradar.

Mas gosto muito destes postes de política internacional.
 
Como não percebo nada disto- do liberalismo anarquista e libertário deixo aqui apenas uma pergunta ao CN caso tenha pachorra para responder:

Este anarquismo é incompatível com um pensamento que coloca mais a tónica no conservadorismo

Quando digo conservadorismo também me estou a expressar mal pois não tenho conhecimentos teóricos.

Mas creio que o CN percebe a que me refiro.
Aquele pensamento que se preocupa mais em restaurar do que renovar e refundar tudo. Que é pelas mudanças lentas. Que não se opõe a elas como os reaccionários mas que também não defende ou não acredita nos cortes abruptos e revolucionários.
O que procura gerir equilíbrios e, na impossibilidade disso, prefere o cinismo e a neutralidade.
 
falta um ponto de interrogação no final da frase:

" Este anarquismo é incompatível com um pensamento que coloca mais a tónica no conservadorismo?"

é uma pergunta
 
"Este anarquismo é incompatível com um pensamento que coloca mais a tónica no conservadorismo?"

Tentarei tratar o tema mas penso que não.

O determinante é que o conservadorismo não seja estatista, ou seja, não tente impor os seus valores e visão usando o instrumento da coerção do Estado, incluindo proibir a mudança.

O conservadorismo mais profundo tem de reconhecer no próprio Estado o instrumento de anti-conservadorismo.

O Estado impõe a partilha de testamentos, o Estado inmpõe os programas de educaçao. o Estado redistribui propriedade e rendimento.

Num mundo anárquico, a sociedade civil tende a ser naturalmente mais conservadora, porque o individuo e a familia têm de retomar à responsabilidade individual para se auto-governarem e isso faz aparecer velhas instituições desaparecidas, como o era por exemplo, a continuidade da propriedade em familia.

Além disso,é possivel a convivência com comunidades socialmente mais liberais. "good fences make good neighbourhoods" e a cada uns os seus valores dentro da sua própria soberania limitada (o da sua propriedade e comunidade).
 
Ok, creio que percebi.

Não imagino bem em que se consubstancia o conservadorismo. Há algumas pessoas que gosto de ler. Ex: o Jaime Nogueira Pinto. Mas em assuntos específicos- neste caso política internacional.

A ideia que tenho de conservadorismo nada tem a ver com tradicionalismo ancorado em valores de "império" e destinos pátrios.

Por isso´, em vez de conservadorismo profundo, chamar-lhe-ia antes "leve" ehehe

Quanto aos exemplos que deste em alguns sou por manutenção do Estado por necessidades de justiça e por não haver tradição social que a substitua (na linha do que pensa o VPV e a própria Filomena Mónica) noutras essa ideia libertária agrada-me bastante.

Ex- no ensino. Um ensino totalitário e doutrinário, ditado por um pensamente hegemónico que permanece no Ministério seja qual for o partido que esteja no governo é uma das coisas mais perniciosas que se me afigura.

dizes:

"Num mundo anárquico, a sociedade civil tende a ser naturalmente mais conservadora, porque o individuo e a familia têm de retomar à responsabilidade individual para se auto-governarem e isso faz aparecer velhas instituições desaparecidas, como o era por exemplo, a continuidade da propriedade em familia.

Eu também tenho essa ideia. Há países nórdicos em que isso se confirma.

No que eu não acredito é que este estado possa ser invertido. Ou seja- ou é produto de uma tradição histórica e lá se foi mantendo apesar do Estado Moderno, ou então não nasce do nada.


Mas gostei da tua resposta. Não imagino se existem pessoas com pendor para este conservadorismo que referi- bastante pragmático e realista e que tenham alguma simpatia por libertarismos.

Tempos houve por cá em que algumas ideias libertárias andaram associadas ao Maio de 68. Mas tudo isso foi adulterado pelo totalitarismo de raiz comunista e depois continuado no status quo dob bloco central.
 
Pensei no assunto a propósito do nome que deste ao blogue. Foi brilhante.
 
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