2006/08/10

A direita ainda existe

O que é um descanso contra todo o proto-neoconservadorismo existente na direita-left-liberal portuguesa.

É que eu prefiro o cinismo realista ao idealismo-intervencionista-iluminsta-militarista-extremista-ao-centro.

O espaço das nações, Jaime Nogueira Pinto "Israel bate-se, sempre, contra o muro, e por isso tem que ser rápido e impiedoso na resposta; os árabes carregam a memória da grandeza e a carga da humilhação e de uma «imagem» negativa no mundo euro-americano. (Desde Lawrence da Arábia, de um inglês, David Lean, que não se vê um árabe decente ou normal no cinema). Com um fundo histórico, geopolítico e cultural destes, andar à procura de uma justiça e razão absolutas, dos «bons» e dos «maus» da fita, é um exercício inútil, senão pernicioso. Próprio para «politicamente correctos» de todos os quadrantes, sejam esquerdistas da ultra-esquerda, direitistas da esquerda ou empalhados ao centro.

Talvez a tão injuriada «realpolitik», que não procura a razão, mas avalia as razões e as forças dessas razões, que mede os poderes para dissuadir, que procura construir a partir do que é, a «realpolitik» tão denegrida pelo coro dos sábios e vestais do costume seja, melhor ou pior, o caminho a seguir.

Israel terá que reconhecer um Estado palestiniano plenamente estatal e independente se quiser ter paz; e o mundo árabe terá que perceber que Israel tem direito a viver, porque está disposto a bater-se duro por esse direito. E terão que dividir território, traçar fronteiras, e portar-se como Estados normais e vizinhos.

Querer resolver as coisas a partir de textos utópicos, redigidos por cínicos na euforia das novas ordens, ou em sentenças moralizantes e boazinhas que comovem as almas laicas suburbanas e electrizam os espártacos de serviço, é tratar a guerra do Líbano em termos de «silly season».v"
Comments:
Como é possível ainda andarmos a discutir direitas e esquerdas, democracias e questões ideológicas?
Ainda não perceberam que quem governa o mundo são os grandes grupos económicos(Petroleo,banca...) e que os governos "eleitos" são meras marionetas ao serviço deles?
 
O liberalismo não é de esquerda ou direita.

Quanto ao poder económico, este está bem dividido entre o poder dos consumidores, os dos financiadores das empresas: accionistas e credores, que hoje em dia são uma boa parte da população, os dos fornecedores, etc.

Os "governos eleitos", devido ao centralismo democrático, constituem sim, uma classe previligiada com capacidade legislativa de tudo impor, incluindo as ramificações politicas com interesses económicos.

Mas isso é um mal da social-democracia e não do capitalismo.
 
Ele teve um texto muito bom aquando da invasão do Iraque.É uma boa cabeça que temos. E também bem isolada.
 
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