2006/08/18
Derrotas
A derrota de Israel , Vasco Pulido Valente
"A "barbaridade" de Israel pareceu incontroversa e os "peritos" resolveram invocar o aberrante argumento da "resposta desproporcionada". "Desproporcionada" a quê? À instalação na fronteira de meios suficientes para paralisar e destruir uma boa parte de Israel? À própria sobrevivência de Israel? Nunca houve resposta. O espectáculo do sofrimento chegava para convencer a boa alma do Ocidente.Bush e Blair, sem apoio doméstico e em plena derrota no Afeganistão e no Iraque, recuaram; e da sombra saiu o sinistro Chirac. A Europa e a América decidiram de repente que a pequena querela entre Israel e o Hezbollah (um assunto local) não interessava particularmente ao futuro do mundo. Apesar do 11 de Setembro e de tudo o que a seguir aconteceu, o Ocidente não consegue levar a sério a ameaça do islamismo, como levou a sério a do comunismo. No fundo, o homem comum não acredita que uma civilização fracassada, miserável e medieval possa prevalecer contra a majestade da Europa e da América. Talvez sim. Mas pode, entretanto, empurrar a Europa e a América para um desastre difícil de imaginar e de reparar. Com a derrota de Israel, esse desastre ficou mais próximo"
PS: VPV é realista quanto aos resultados mas...
1. A "derrota" de Israel resulta de querer acreditar que a lei dos "20 olhos por cada olho" pode continuar a ser aplicada como o foi necessário para a sua fundação.
2. O conflito mostrou que o hezbollah não tem capacidade ofensiva contra Israel. Mas o que mostrou também que são possíveis novos patamares de desordem, resultados das acções estratégicamente mal concebidas anteriores (o nascimento do hezbollah como força relevante na anteior invasão do Líbano que inicialmente tinha o objectivo de combater a OLP).
3. VPV fala também na derrota do Iraque e Afeganistão. Essa derrotas foram criadas pelos proponentes. E são esses proponentes e defensores que são incansáveis em faze o contexto piorar a cada ano que passa. São os self-fullfilling profets.
4. À medida que erros são cometido e que o islamismo ganha adeptos democráticamente até ao ponto dos regimes árabes (os fascistas, as monarquias absolutas) poderem vir a ser postos em causa, esse é o cenário incentivado pelos próprios proclamados islamo-fascistas, que têm o complexo de Churchill, imaginam-se sempre com a sua inteligência astuta acima da média a vislumbrar todos perigos contra o Ocidente (se bem que antes era a glória do Império Britânico) e recomendar a solução : uma solução fina!
5. O perigo comunista: sim, real, não tanto pela perigo convencional de "invasões", mas pela luta ideológica interna a cada país. Mas um pouco de paciência e ... desabou.
...islamismo ganha adeptos democráticamente até ao ponto dos regimes árabes (os fascistas, as monarquias absolutas) podem vir a estar em causa"
E os regimes dos países da Europa com uma população islamica cada vez mais numerosa, a aumentar a cada dia que passa, e as populações cada vez mais paralisadas pelo medo dos "terroristas".
Concorda que a Europa está pràticamente "invadida" por comunidades islamicas?
Quais serão os efeitos desta "invasão" nos regimes europeus?
Não faz sentido. E também não explica em que consiste o plano do islão invadir a Europa.
Mistura tudo- mistura conflitos latentes no Médio Oriente que não têm resolução com terrorismo bombista em retaliação de intervencionismos que ele próprio na altura soube apontar o dedo- a Israel e pelos EUA.
O que ele tinha de explicar são os problemas internos que as fronteiras abertas provocam. E como em Inglaterra ficaram manietados por não conseguirem mudar legislação que permitisse expatriar muita gente.
Ainda assim, creio que o combate ao terrorismo há-de funcionar por espionagem e quanto mais os tiverem debaixo de olho, melhor.
Mas depois escusam de aproveitar todas as ocasiões para dizerem que evitaram um "gigantesco atentado" quando a política externa está a precisar destes "feitos" para se justificar.
Agora o famoso plano de invasão do islão por aqui dentro é uma balela.
Não existe um facto que o comprove e o 11 de Setembro foi reclamado pelo apoio dos EUA a Israel e intervenções que fazem por aquelas bandas.
Não foi uma declaração de guerra ao "Ocidente" como agora se diz
E essa fantasia de populações paralisadas por terroristas só é dita por tugas que nunca tiveram uma única ameaça.
A idioteira está toda aí. Fala-se de cor. Não conhecem sequer essses países a não ser por turismo.
Não existe pânico algum em Londres, por ex. Posso testemulhá-lo. Como não existe pânico em NY.
Avança-se com o medo dos "armagedões" para criar terreno propício a legitimar políticas que só os podem apressar.
Mais nada.
O resto é cagunfa de quem não tem ameaça em cima e se quer proteger seja lá a que preço for.
Portanto pode ser um problema, pode até ser um problema semelhante a Israel, bata imaginar a declarção unilateral por parte de um larga comunidade muçulmana de um Estado Islamico no coração da Europa.
Pode até ser um micro-Estado. o que os vai levar a usar os mesmos agumetnos de alguns pro-israelitas, nós até só queremos este bocadinho do território...
Não creio que tenha havido algum plano de "invasão" no sentido tradicional da palavra.
A "invasão" foi feita e continua a ser feita paulatinamente por pessoas que tentam fugir à fome e àmiséria nos seus países de origem (os tugas, como diz, fizeram e fazem o mesmo).
Não tenho a pretensão de conhecer soluções para este problema mas, considero que deve ser um assunto que deve ser discutido. Discutido sem, chavões e insultos gratuitos.
Só é verdadeiramente ignorante quem não tem consciência da própria ignorância.
Eu tenho, e já o afirmei várias vezes, mas isso não impede de tentar combatê-la todos os dias tentando obter informação em todas as fontes mesmo aquelas com que não me identifico.
"A imigração é um problema na medida que são os Estados centrais a praticamente impôr e incentivar a imigração livre, seja activamente seja por passividade."
eu concordo mas a realidade é esta e não se acaba primeiro com os Estados.
Podem é gerir-se estes problemas de diferentes maneiras.
As fantasias ideológicas nesta questão da emigração têm um peso muito grande. Não são realistas.
O que eu penso é que agora não se volta atrás. Podemos é ter políticas de contenção e ordem ou de mais asneira multiculturalista até que os problemas sejam tais que já não se controle nada.
Quanto à integração na comunidade a par do efeito da ordem que não tem nada de incomodativo para a comunidade dou o exemplo londrino.
Salvo nos casos de alarmismos propagandísticos como foi este último. Mas a cidade funciona bem. A polícia faz parte da tradição citadina e nada tem de agressivo e tudo aquilo está atomizado por bairros.
Nota-se essas micro-culturas bairristas e com raízes por todo o lado.
Continuo na minha que a arquitectura e urbanismo têm um peso muito mais importante nestas questões do que se possa pensar.
E não tens uma cidade completamente estragada com essa porcaria a que chamam graffittis e que são meros vandalismos. Óu tens muito menos.
Hoje existem estados sociais que oferecem protecção a quem nem precisa de fazer nada. E existem autênticos negreiros que vivem à custa de venderem estes paraísos.
É aqui que entram factores que de incompatibilidades e problemas sociais que os tugas nunca deram.
Esta nova emigração pode é ser confrontada com outra- a das elites de países como o nosso ou Brasil ou Itália e por aí fora que já começam a ter uma expressão muito mais importante em altos sectores quer da economia e finanças quer académicos de outros países. A Inglaterra, por ex. Vive de um passado rico, mas já começa a usar os cérebros dessa emigração dita de luxo.
Dos EUA nem vale a pena falar, pois foi assim que se desenvolveram. Em França não se passa o mesmo porque são menos cosmopolitas e mais chauvinistas
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