2006/08/14

Anti-pacifismos

Nota: Para documentar comentários feitos num post "Pacifismos" de João Miranda.

Anti-pacifismo oportunista: Aquele que deseja que a outra parte se converta ao pacifista.

Anti-pacifismo genuíno: Aquele que desejam que os conflitos nunca terminem.

É importante referir que"neutralismo" (uma predisposição de principio para não escolher parte em disputas de status-quo) não é ser "pacifista".

Entre vários problemas para as posiçoes não-neutrais, o primeiro começa por saber quem "agride" e "defende".

O segundo é que a história demonstra que a Teoria das Alianças tende a transformar conflitos locais em conflitos mundais - como aconteceu na WWI.

Terceiro - os intervencionistas tentam sempre aplicar uma moral absoluta (democracia versus X) em disputas de status quo quando o que está em causa é mesmo uma questão de soberania - de um monopólio sobre a violência (Estado) - e não o regime/etc.

Quarta - os mesmos moralistas internacionais (do tipo churchillianos), parecem recorrer à historia da WII (sempre omitindo o problema 1 e 2) onde estes " fizeram" de Estaline um aliado, o qual tinha sido muitíssimo mais "imoral" durante os anos 30 que o nazismo durante o mesmo periodo e invadiu igualmente a Polónia (o Causus Bellis para Churchill).

Por fim , concluiria que o neutralismo, nao sendo pacifista comunga com alguns raciocinios do pacifismo genuíno, e em termos gerais devia ser um guia para (tentar) aplicar a filosofia liberal às RI.
Comments:
Ora bem. tentei dizer isso mesmo por lá.

Exacto, essa da substituição dos ditos "valores progressistas" como a democracia pelo de soberania.

E a agenda mediática faz muito pela dimensão do conflito. A propaganda tem maior peso que muitas dimensões de conflitos.
Sai cá para fora tudo aquilo que tem agências informativas com influência.

A soberania começa a deixar de ser ponto de honra. Já se anda a trabalhar para isso com a linguagem politicamente correcta. E com uma das maiores doenças que agora apareceu- a brillhante crença no progresso. O nosso bom progresso a ser exportado mundialmente. Ainda que seja curioso que quem defende essa ideia por meio dos Eixos do Bem contra o do Mal, seja conra uma qualquer instituição mundial que tendesse a uniformizar certos direitos como os velhos da Cartilha do Homem.

Se os valores não se devem unificar muito menos os modos de governo internos.
 
Pacifismo é um modo de resumir conflitos, de não entender conflitos, de generalizar todo um contexto histórico, simplesmente.
 
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